terça-feira, 21 de março de 2006

Só mais uma achega

Em primeiro lugar, cabe-me deixar claro que não me insiro em nenhuma corrente de pensamento político-económica, limitando-me a ser um crítico dos males e das vicissitudes dos vários sistemas. Ainda estou à espera de um melhor que, com certeza, há-de vir!
Em segundo lugar, chamo à atenção para
este pertinaz texto do Rodrigo n’O Insurgente, em jeito de resposta a este texto de Nuno Ramos de Almeida do blogue Aspirina B.
Finalmente, reiterar as afirmações do Rodrigo e deixar, apenas, este meu singelo contributo: a França dispõe do mercado de trabalho mais proteccionista e menos flexível da antiga Europa dos 15afirmação categórica do autor.
A tendência natural dos franceses e, em especial, dos sucessivos governos tem sido o privilégio do diálogo social como a melhor solução para a resolução dos conflitos latentes no mundo laboral. Têm, é verdade, uma das legislações mais favoráveis e avançadas no que diz respeito às políticas de redistribuição de riqueza, designadamente com os planos de participação financeira: Intéressement e Participation Actionnariat.
No entanto, em França peca-se pela deriva legislativa e regulamentar, e a consequente rigidez do mercado laboral; assim como de um movimento sindical influente – que por si só não constituiria algum mal – que é, todavia, movido por uma forte orientação ideológica, inflexível e renitente à mudança e à inovação nas relações industriais.
Lembro, apenas, a devastadora lei das 35 horas semanais de trabalho. Milhares de empresas fecharam as portas, outras deslocalizaram a produção, outras foram-se aguentando com uma estrutura de custos quase incomportável. Consequências: subida inexorável da precariedade laboral e forte aumento da taxa de desemprego.
Quem ficou a ganhar? O Estado? As empresas e os empresários? Os trabalhadores?

E fico-me por aqui...

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