sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Os Melhores Filmes de 2006

Assim se vão completando as habituais listas de preferências no final do ano. Da minha parte, trata-se apenas de uma mera manifestação de deslumbramento que determinadas peças pertencentes ao que convencionamos chamar Arte me provocaram.
Longe de um pretensiosismo director, uma vez que não me é reconhecida autoridade e nem a pretendo obter para ditar o que os outros devem ver e ouvir, demonstro apenas algumas das pequenas coisas que, durante um ano, contribuíram para afastar de mim os fantasmas que insistem em vaguear cobiçosos em redor do meu pequeno mundo.
É a escrever para o blogue, a ler o que os outros escrevem e idealizam que me desvio da indelével descrença na dita humanidade, do seu desconserto, das suas iniquidades, desvarios e perversidades.
Sei o que pensam muitos dos que lêem estas palavras: presunção, beatismo e/ou tontice. Todavia, não me interpretem mal, eu não quero ser bonzinho e nem disponho de habilidade para apregoar a bondade ou a paz entre os homens, e muito menos arvorando-me como exemplo a seguir para alcançar esses estados ideais e etéreos. Infelizmente, a puta da vida já me ensinou muito, já me deu a ver as formas com que se pode travestir a pura maldade humana. E se vos desejo um excelente ano de 2007, meus caros cinquenta leitores, podem crer que é essa a esperança que me guia e me mantém firmemente agarrado ao tal mundo sem remendo.

Um bom ano de 2007!

E agora para algo completamente diferente – quiçá nunca visto –, aqui fica a lista dos 10 melhores filmes estreados em Portugal no ano de 2006, ordenados apenas por gosto pessoal:

  1. Match Point, de Woody Allen (Match Point, 2005)
  2. Infiltrado, de Spike Lee (Inside Man, 2006)
  3. Uma História de Violência, de David Cronenberg (A History of Violence, 2005)
  4. A Lula e a Baleia, de Noah Baumbach (The Squid and the Whale, 2005)
  5. O Tempo que Resta, de François Ozon (Le temps qui reste, 2005)
  6. Transamerica, de Duncan Tucker (Transamerica, 2005)
  7. Terra Fria, de Niki Caro (North Country, 2005)
  8. Munique, de Steven Spielberg (Munich, 2005)
  9. Breakfast on Pluto, de Neil Jordan (Breakfast on Pluto, 2005)
  10. A Dália Negra, de Brian De Palma (The Black Dahlia, 2006)

É de salientar que, de acordo com o que aqui referi, 2006 foi dos anos, desde a minha puberdade, em que menos vezes me desloquei ao cinema ou então a um clube de vídeo. Por isso, consigo elaborar uma lista de 13 filmes ainda não vistos que, eventualmente, a avaliar pela opinião de pessoas que muito considero e pelos meus gostos cinematográficos, poderiam alterar a configuração e a ordenação da lista final atrás referida. Eis alguns exemplos (ordenação alfabética pelo título):

  • A Condessa Russa, de James Ivory (The White Countess, 2005)
  • A Senhora da Água, de M. Night Shyamalan (Lady in the Water, 2006)
  • Babel, de Alejandro González Iñárritu (Babel, 2006)
  • Brisa de Mudança, de Ken Loach (The Wind That Shakes the Barley, 2006)
  • Eu, Tu e Todos os que Conhecemos, de Miranda July, (Me and You and Everyone We Know, 2005)
  • Marie Antoinette, de Sofia Coppola (Marie Antoinette, 2006)
  • Miami Vice, de Michael Mann (Miami Vice, 2006)
  • O Novo Mundo, de Terrence Malick (The New World, 2005)
  • The Departed: Entre Inimigos, de Martin Scorsese (The Departed, 2006)
  • Uma Família à Beira de um Ataque de Nervos, de Jonathan Dayton e Valerie Faris (Little Miss Sunshine, 2006)
  • Voltar, de Pedro Almodóvar (Volver, 2006)
  • Wassup Rockers - Desafios da Rua, de Larry Clark (Wassup Rockers, 2005)
  • World Trade Center, de Oliver Stone (World Trade Center, 2006)

1 comentário:

Anónimo disse...

long live independent filmaking

kino pravda is alive

cuidado com os sobretudos!!!