sexta-feira, 11 de julho de 2008

Os 20 melhores finais

Sissy Spacek - Brian De Palma's Carrie

Ontem, os críticos de cinema do jornal londrino The Times publicaram uma lista ordenada de 20 filmes cujos finais (surpreendentes, aterradores, melodramáticos, etc.) marcaram a história do cinema mundial.
Uma vez mais, poder-se-ia dissertar sobre a discutibilidade da lista, sobre alguns esquecimentos ou sobre outros que estranha e imerecidamente figuram entre as duas dezenas de títulos citados. Todavia, as listas não são um fim em si mesmo, ao invés procuram precisamente gerar a discussão e fomentar a tertúlia – assuma ela as formas que assumir, via blogosfera, jornais, em cafés, esplanadas, à bomba, fazendo despoletar uma guerra civil ou, quiçá, até um conflito mundial nuclear… o fim.
Poderia aqui discutir a não inclusão do filme Zona de perigo (The Dead Zone, 1983) de David Cronenberg, ou de A Mulher que Viveu Duas Vezes (Vertigo, 1958) do mestre Alfred Hitchcock; ou até dos recentes Entre Inimigos (The Departed, 2006) de Martin Scorsese ou de Match Point (2005) de Woody Allen; e muitos outros juntar-se-iam à lista, saindo, sem arrependimento, outros tantos. Porém, é disto que um listómano gosta, a discussão encarniçada pelo objecto estruturado de forma quase obsessivo-compulsiva, e disposto a morrer por ele… o objecto, a lista.

Bom, antes que um habitual e felizmente transitório estado de loucura se apodere de mim, eis a lista elaborada pelos críticos do Times londrino (com as respectivas explicações da escolha no texto original mencionado):

  1. Carrie, de Brian de Palma (1976)
  2. Dois Homens e um Destino, de George Roy Hill (Butch Cassidy and the Sundance Kid, 1969)
  3. Casablanca, de Michael Curtiz (1942)
  4. E.T. o Extra-Terrestre, de Steven Spielberg (E.T.: The Extra-Terrestrial, 1982);
  5. Chinatown, de Roman Polanski (1974)
  6. Boneca de Luxo, de Blake Edwards (Breakfast at Tiffany’s, 1961)
  7. Quanto mais quente melhor, de Billy Wilder (Some Like It Hot, 1959)
  8. Um Golpe em Itália, de Peter Collinson (The Italian Job, 1969)
  9. Os Suspeitos do Costume, de Bryan Singer (The Usual Suspects, 1995)
  10. O Sexto Sentido, de M. Night Shyamalan, (The Sixth Sense, 1999)
  11. Thelma e Louise, de Ridley Scott (Thelma & Louise, 1991)
  12. O Feiticeiro de Oz, de Victor Fleming (The Wizard of Oz, 1939)
  13. As Diabólicas, de Henri-Georges Clouzot (Les Diaboliques, 1955)
  14. Dr. Estranho Amor, de Stanley Kubrick (Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb, 1964)
  15. E Tudo o Vento Levou, de Victor Fleming (Gone With the Wind, 1939)
  16. Os Condenados Shawshank, de Frank Darabont (The Shawshank Redemption, 1994)
  17. O Planeta dos Macacos, de Franklin J. Schaffner (Planet of the Apes, 1968)
  18. Memento, de Christopher Nolan (2000)
  19. O Projecto Blair Witch, de Daniel Myrick e Eduardo Sanchez (The Blair Witch Project, 1999)
  20. Sete Pecados Mortais, de David Fincher (Se7en, 1995)

Nota: tenho de confessar que o 1.º lugar de Carrie assenta-lhe bem. Ainda me recordo do salto que literalmente dei da minha cadeira situada no meio da plateia do Carlos Alberto (antes da remodelação), quando, há mais de 20 anos, o Fantasporto decidiu fazer uma reposição do filme de Brian De Palma. Para meu grande alívio, não fui o único...

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