terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Música: O Melhor de 2009


Depois do desfile de textos curtos que justificaram as minhas escolhas no campo musical (pop/rock) no ano de 2009, chegou a altura prometida de os hierarquizar segundo o grau de satisfação que cada obra me proporcionou, apesar do tempo quase escasso para as ouvir sem interrupções e outros ruídos que, eventualmente, prejudicaram a listagem final. Muito ficou por ouvir, noutros casos muitos discos foram escutados com a sensação de tempo perdido.
Sem mais delongas, eis a lista:
Dez Melhores Álbuns Musicais de 2009 (por ordem de preferência):
  1. The Flaming Lips – Embryonic (Warner)
  2. The xx – xx (Young Turks)
  3. Patrick Watson – Wooden Arms (Secret City)
  4. Yeah Yeah Yeahs – It's Blitz! (Interscope)
  5. Sonic Youth – The Eternal (Matador)
  6. Animal Collective – Merriweather Post Pavilion (Domino)
  7. Placebo – Battle for the Sun (Play It Again Sam)
  8. The Legendary Tigerman – Femina (Metropolitana)
  9. Pearl Jam – Backspacer (Island)
  10. Chester French – Love the Future (Star Trak)
Menções Honrosas
Para além dos dez atrás referidos, há outros álbuns que merecem uma citação, não só por convalidação do trabalho anterior que sempre me agradou (no caso dos três primeiros), como pela descoberta (tardia) de novos intérpretes com a abertura de horizontes musicais (no caso do quarto), que o inexorável envelhecimento vai permitindo – note-se que a lista que se segue está disposta por ordem alfabética dos intérpretes:
  • Air – Love 2 (Virgin)
  • Arctic Monkeys – Humbug (Domino)
  • Pink Martini – Splendor in the Grass (Naïve)
  • St. Vincent – Actor (4AD) (a descoberta da fantástica texana de 27 anos, uma verdadeira one-woman-show – porquanto St. Vincent é ele própria –, Annie Clark. Para seguir com atenção nos próximos trabalhos.)
Decepções

  • Julian Casablancas – Phrazes for the Young (RCA) (muito esperado álbum a solo do líder dos The Strokes, bom para tocar nas pista de carrinhos de choque).
  • The Veils – Sun Gangs (Rough Trade) (é incrível a ascensão e queda vertiginosa da banda londrina, uma tragédia em três álbuns).
Mais que decepcionantes (sem ideias novas, repetitivos, exercícios burlescos de autopastiche a apelar a uma reforma urgente ou a uma retirada silenciosa), lista que poderia ser traduzida pela expressão “já não há pachorra” – disposta por ordem alfabética dos intérpretes:
  • Depeche Mode – Sounds of the Universe (Mute)
  • Eels – Hombre Lobo (Vagrant)
  • Franz Ferdinand – Tonight (Domino)
  • Morrissey – Years of Refusal (Decca)
Nota final: Muitos foram os autores e os respectivos álbuns que aqui não foram mencionados, e no entanto escutados. Na sua maioria, e na minha pessoalíssima e íntima apreciação, por falta de invocação do númen musical. Podia dar o exemplo dos incensados Camera Obscura, ou os novíssimos Them Crooked Vultures, e no caso mais flagrante, aqueles que marcaram o ano pela presença assídua em qualquer listagem elaborada pelos críticos da especialidade nacionais ou estrangeiros, os Grizzly Bear.
Para o ano há mais.