terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Para que conste (uma terapia)

Uma das formas que tenho vindo a aplicar para enfrentar a minha mente sobrepujada com assuntos de ordem vária que me perturbam, por outras palavras, um método para tentar reduzir ao mínimo os reveses, sentidos como tal, qualquer que seja a sua origem, consiste na sua exteriorização – inter alia, um desabafo em tom de grito de revolta audível em praça pública, uns murros num saco de boxe, umas buzinadelas auxiliadas por gestos fálicos e impropérios enquanto embarrilado no trânsito infernal desta cidade – através, não de uma escrita rebarbativa no blogue, mas de textos que se reduzam a uma simbologia aglutinadora das falsidades e iniquidades que pululam à frente dos meus olhos e que, cada vez que digito o seu endereço, consiga apaziguar a minha sentida frustração de, pela minha insignificância, não poder desencadear uma guerra de paus e pedras contra esses viciosos do poder (político, jurídico e mediático).
Por tudo o que atrás expus, e para não falar com toda a carga da violência que em mim se vem armazenando sobre um dos assuntos que me apoquenta de momento, figurará na coluna do lado direito deste blogue um singelo contador, devidamente emoldurado, como válvula de escape. Sem adjectivos para certificar a qualidade de: A Bola, o Record, o Correio da Manhã, o Rui Santos, os moderadores e comentadores desportivos da SIC, e muito menos a turba de opinadores escolhida a dedo, cujo ódio visceral ao meu clube é o principal propulsor para os seus panfletos viscosos (pronto, adjectivei), onde pontificam o Daniel Oliveira e os bobos do regime (2.ª adjectivação, paro por aqui, prometo) Quintela e Góis (que há muito deveriam ter levado com processos-crime por injúrias, calúnias e difamação ao meu clube), e até por insultos (não gratuitos, pagos e bem pagos com o dinheiro do Bava e da Golden Share) às inteligência e paciência de todos nós portugueses, por nos entrarem pela casa dentro, sem pedir licença, a proferir barbaridades como “o pinheiro manso de Natal” (é bravo, porra!) e o Rei Mago “Belchior” (é Melchior, ó ignaros!).
Bom, e agora, somando às irritações janeireiras a candidatura de Manuel Alegre a Presidente da República (nunca o espectro da emigração sem retorno andou tão perto por estas bandas), terei de encontrar outro lenitivo em Java. Mais tarde, se por cá andar, explicarei as minhas razões para tamanha repugnância pelo personagem, que, à laia de um Gil Vicente, encarna bem num estereótipo que uma vez tive de enfrentar com todas as forças pelo grau de ambiguidade posicional – chamar-lhe-ia, pela imagética e não só, “Colosso de Rodes”.
Fim.