terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Cinema: Os Melhores Filmes de 2011 e não só…

Momento da revelação.
Da decisão já tomada na passada sexta-feira, dos 21 filmes seleccionados como os melhores do ano, saíram duas listas: a primeira com o “Top 10+” (hierárquico) dos melhores filmes do ano, que inclui 4 produções norte-americanas; a segunda (Menções Honrosas) contém 7 filmes que, pela sua qualidade, merecem da equipa editorial unipessoal deste blogue o devido destaque, e que inclui 2 filmes produzidos nos EUA, porém sem qualquer ordem de preferências – essas já foram manifestadas ao deixar os restantes 4 filmes de fora. E ainda houve tempo para a elocução de um Parafilme.

Os 10 Melhores Filmes de 2011 (Top 10)
  1. A Árvore da Vida, de Terrence Malick (The Tree of Life, 2011);
  2. Essential Killing – Matar para Viver, de Jerzy Skolimowski (Essential Killing, 2010);
  3. Melancolia, de Lars von Trier (Melancholia, 2011);
  4. Uma Separação, de Asghar Farhadi (Jodaeiye Nader az Simin, 2011);
  5. Cisne Negro, de Darren Aronofsky (Black Swan, 2010);
  6. Um Ano Mais, de Mike Leigh (Another Year, 2010);
  7. Carlos, de Olivier Assayas (2010);
  8. Meia-Noite em Paris, de Woody Allen (Midnight in Paris, 2011);
  9. Super 8, de J.J. Abrams (2011);
  10. A Pele Onde Eu Vivo, de Pedro Almodóvar (La piel que habito, 2011).

Menções Honrosas (por ordem alfabética do título em português):
  • O Atalho, de Kelly Reichardt (Meek’s Cutoff, 2010);
  • Kaboom – Alucinação, de Gregg Araki (Kaboom, 2010);
  • Um Método Perigoso, de David Cronenberg (A Dangerous Method, 2011);
  • O Miúdo da Bicicleta, de Jean-Pierre & Luc Dardenne (Le gamin au vélo, 2011);
  • Num Mundo Melhor, de Susanne Bier (Hævnen, 2010);
  • Sangue do Meu Sangue, de João Canijo (2011);
  • A Toupeira, de Tomas Alfredson (Tinker Tailor Soldier Spy, 2011)
Elocução do Parafilme – Menção Honrosa
É impossível ficar-se indiferente perante a peça tripartida lançada pelo eterno JLG, um dos dois sobreviventes dos cinco grandes cineastas cahieristas.
Intrusivo, abusador e críptico, porém enérgico, desafiador e interrogativo (embora jamais admita a resposta unívoca, proíbe-a até pela exigência de uma meditação na chusma de imagens que se sucedem e que advêm dos mais variados artefactos contemporâneos sugadores de imagem, quer seja uma câmara digital, quer a de um telemóvel com o som estrídulo, ácido, nauseante e penetrante). O Cruzeiro, Quo Vadis Europa (a nossa… liberdade e federalismo), As Nossas Humanidades… «Quando a lei não é justa, a justiça impõe-se à lei.» [Sem Comentários] – a veia libertária de JLG, um dos raros génios vivos que ainda subsiste sem convenções.
O melhor Parafilme de 2011 com filme no título:
  • Filme Socialismo, de Jean-Luc Godard (Film Socialisme, 2010).

Como é habitual nestes jogos florais de fim de ano, divulgo uma lista de filmes putativamente importantes que não pude ver (por diversos motivos, sendo o principal a sua não estreia por terras da Invicta). Este ano indico 8 filmes “não-vistos” que, de acordo com a crítica e a opinião de pessoas que reputo de bom juízo cinéfilo, seriam susceptíveis de alterar a ordem e o conteúdo das listas acima referidas (por ordem alfabética do título em português):
  • 50/50, de Jonathan Levine (2011);
  • Autobiografia de Nicolae Ceausescu, de Andrei Ujica (Autobiografia lui Nicolae Ceausescu, 2010);
  • Histórias de Shanghai – Quem Me Dera Saber, de Zhang Ke Jia (Hai shang chuan qi, 2010);
  • Incendies – A Mulher que Canta, de Denis Villeneuve (Incendies, 2010)
  • Inquietos, de Gus Van Sant (Restless, 2011);
  • Pater, de Alain Cavalier (2011);
  • Poesia, de Lee Chang-Dong (Shi, 2010);
  • Road to Nowhere – Sem Destino, de Monte Hellman (Road to Nowhere, 2010).
Finalmente, os meus Razzies (como tem sido hábito ao longo dos anos). Entre os filmes que tive a oportunidade de ver este ano, considerei, após aturada reflexão, 13 como simplesmente deploráveis, e que integram a última lista de 2011 a surgir neste blogue ligada à 7.ª arte: O “Top 10-”.
Os 10 Piores Filmes de 2011 (ordenados da 1.ª à 10.ª posição, ou seja, do pior ao menos mau):
  1. O Hospício, de John Carpenter (The Ward, 2010);
  2. A Conspiradora, de Roberd Redford (The Conspirator, 2010);
  3. Biutiful, de Alejandro González Iñárritu (2010);
  4. Assim É o Amor, de Mike Mills (Beginners, 2010);
  5. O Discurso do Rei, de Tom Hooper (The King’s Speech, 2010);
  6. O Tio Boonmee que se Lembra das Suas Vidas Anteriores, de Apichatpong Weerasethakul (Loong Boonmee raleuk chat, 2010);
  7. Cliente de Risco, de Brad Furman (The Lincoln Lawyer, 2011);
  8. Angèle e Tony, de Alix Delaporte (Angèle et Tony, 2010);
  9. Drive – Risco Duplo, de Nicolas Winding Refn (Drive, 2011);
  10. Vais Conhecer o Homem dos Teus Sonhos, de Woody Allen (You Will Meet a Tall Dark Stranger, 2010).

Notas: (1) Os filmes estreados durante o ano 2011 em salas de cinema portuguesas, incluem os estreados a 30/12/2010.
(2) Os filmes a estrear no próximo dia 29 serão incluídos na análise cinematográfica de 2012, por manifesta falta de oportunidade para os poder ver e avaliar.