quinta-feira, 2 de agosto de 2012

É, de facto, o Melhor Filme de Sempre

(Scottie [James Stewart] entre a ficção obsidiante de Madeleine [Kim Novak] e a vertigem da realidade carnal de Judy [idem].)


«[No auge da obsessão, o catalisador para o desenlace | notas de minha autoria]

Judy: Não podias gostar de mim? Apenas de mim, tal como sou?
[…]
Judy: Se eu permitir que me modifiques, será o suficiente? Se fizer o que me pedes, passarás a amar-me?
Scottie: [veemente] Sim... [toldado pela obsessão] Sim!
Judy: Então eu faço-o. Eu já não me importo comigo.»


Nota: A exaltação da obra-prima do mestre Hitchcock por 846 especialistas em cinema na Sight & Sound, que pela primeira vez destrona o colossal O Mundo a Seus Pés (Citizen Kane, 1941) de Orson Welles, deixando para trás obras de realizadores (por ordem classificativa) como Ozu (2 filmes), Renoir, Murnau, Kubrick, John Ford, Vertov, Dreyer (3 filmes), Fellini (2 filmes), Eisenstein, Vigo, Godard (4 filmes, um deles o não-kermodesco À bout de souffle, 1960, ou O Acossado), Coppola (3 filmes), Bresson, Kurosawa (2 filmes), Bergman, Tarkovsky (3 filmes), Stanley Donen e Gene Kelly, Antonioni, Wong Kar-Wai, Lynch, Claude Lanzmann, Scorsese, De Sica, Buster Keaton e Clyde Bruckman, Fritz Lang, Hitchcock (de novo), Chantal Akerman, Béla Tarr, Truffaut, Rossellini, Satyajit Ray, Billy Wilder, Tati, Kiarostami, Pontecorvo, Chaplin, Mizoguchi, e Chris Marker (falecido há 3 dias, no dia em que completava 91 anos).